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sábado, 26 de outubro de 2013

MEDITAÇÃO VIPASSANA


Documentário que mostra a Meditação Vipassana sendo utilizada na recuperação de detentos em presídios da Índia.






Meditação Vipassana ( Doing Time, Doing Vipassana / Tempo de Espera, Tempo de Vipassana ) 1997.

Uma Introdução à Astro-Psicologia

por Glenn Perry


Foi o psicanalista Carl Jung quem primeiro reconheceu o vasto potencial da astrologia como uma ferramenta para explorar as profundezas da psique. Em vários artigos escritos durante a sua vida, Jung sempre demonstrou um profundo respeito pela astrologia. Ele afirmava que a astrologia tinha muito a oferecer à psicologia e admitia ter usado a astrologia em seu trabalho analítico. Nos casos de diagnósticos psicológicos difíceis, Jung fazia um mapa astral para ter outro ponto de vista desde um angulo completamente diferente.

Jung considerava os signos e os planetas da astrologia como símbolos de processos arquétipos que se originavam no inconsciente coletivo. Os arquétipos do inconsciente coletivo eram os princípios organizadores universais que são a base e a causa da vida psicológica. Um arquétipo era tanto subjetivo quanto objetivo; estava evidente tanto nas idéias inatas da consciência humana quanto nos processos fundamentais da natureza; influenciava não somente a experiência humana assim como o movimento dos planetas. Era exatamente esta natureza dual do arquétipo que aparecia no mapa astral fazendo a ponte entre o caráter interno e os eventos externos que refletem este caráter. Ele concluiu que os arquétipos eram psíquicos; isto é, eles influenciavam a matéria e a mente. Uma configuração astral definia tanto a disposição inata do indivíduo quanto as diferentes condições externas das experiências pelas quais o indivíduo iria passar.

A observação das correlações entre o fenômeno psicológico e os dados astrológicos, contribuiu para a formulação da sua teoria da sincronização. Ele definia sincronização como “ a ocorrência simultânea de um determinado estado psíquico com um ou mais eventos externos que tem um significado paralelo com o estado psíquico daquele momento.” Ele achava que a astrologia funcionava exatamente por causa da sincronização, isto é, a estrutura psíquica da pessoa que ia nascer estava “significantemente paralela” as posições dos planetas daquele momento.

Embora Jung nunca tenha desenvolvido nenhuma teoria sistemática sobra astrologia, aparentemente a sua teoria de psicologia analítica foi grandemente influenciada por ela. Existem tantos paralelos que somos forçados a concluir que pelo menos os seus conceitos principais foram tirados da astrologia. Além de considerar os planetas como sendo arquétipos e da teoria da sincronização como um meio para explicar as coincidências astrológicas, a noção de Jung dos dois tipos de postura – extrovertida e introvertida – é logo reconhecida pelos astrólogos como a bipolaridade da divisão do zodíaco em duas polaridades dos signos - positivo/masculino (extrovertido) e negativo/feminino (introvertido). Igualmente, sua definição dos quatro tipos – intuição, sensação, pensamento e sentimento – é bastante similar a da astrologia – fogo, terra, ar e água. Como dizia Richard Idemon, Jung parecia um pouco Moisés. Mesmo tendo mostrado o caminho para outros, ele nunca conseguiu chegar à Terra Prometida da linguagem psicológica universal. Ele fazia referências à astrologia mas na realidade nunca se aprofundou o suficiente, acabando por criar outra linguagem para os arquétipos e grupos mais limitados de funções e tipos humanos.

Nos anos 30, Dane Rudhyar começou a reformular a astrologia moderna usando como base a psicologia analítica da Jung. Ele se focalizou principalmente na idéia de Jung de que a psique era o conjunto de forças opostas em equilíbrio e que a psique era intrinsecamente motivada a evoluir em direção a sua inteireza, um processo que Jung chamava de individuação. Por volta dos anos 60, o projeto de Ruhdyar de reformular a astrologia, recebeu um novo impulso surgido do movimento humanístico na psicologia. A psicologia humanística, conforme os textos de Abraham Maslow, Carl Rogers, Rollo May e outros, surgiu em resposta a um pessimismo desolador inerente à visão psicanalítica de Freud e ao conceito implícito no behaviorismo de que o potencial humano é repetitivo ou robotizante. Ambos, a psicanálise e o behaviorismo eram determinantes em afirmar que a personalidade é o produto de causas externas à pessoa, isto é, da genética, dos pais, do meio ambiente, etc. Os psicólogos humanistas opuseram-se a esta tendência desenvolvendo métodos que levam em conta o anseio pelo crescimento e a busca de um propósito no comportamento humano.

Rudhyar foi o primeiro a reconhecer como a astrologia e a psicologia humanista se completavam. O mapa na verdade, pode ser usado como um instrumento para estudar o complexo mundo interior que os humanistas estavam começando a explorar. Assim como a psicologia humanista era uma resposta ao determinismo inerente à psicanálise e ao behaviorismo, a astrologia humanista era uma resposta ao determinismo inerente à astrologia tradicional. Baseando-se no trabalho de Carl Rogers, Terapia centralizada no paciente (1951) (Client-Centered Therapy), Rudhyar desenvolveu Astrologia centralizada na pessoa (1972) Person-Centerd Astrology . A preocupação de Rudhyar era como a astrologia poderia ser usada para acompanhar o processo de auto- revelação. Ele percebeu que enquanto linguagem psicológica e ferramenta para diagnóstico, a astrologia poderia servir de guia para a integração e a transformação da personalidade. Assim como o mapa astral fornece o insight dos conflitos internos do paciente, o transito pode nos dizer quando os conflitos podem ser tratados. Estes movimentos planetários indicam a natureza, o significado e a duração de vários períodos de crescimento, cada um apresentando seus desafios e oportunidades. Enquanto os trânsitos podem se correlacionar com eventos externos que se abatem sobre o indivíduo, a astrologia, por sua vez, sugere que esses eventos são manifestações externas, sincronizadas com as mudanças internas. Os eventos externos servem para desencadear ou estimular o crescimento psicológico interno. Vistos desta maneira, os trânsitos revelam áreas da natureza de uma pessoa, que já estão prontas para serem conscientemente integradas, exploradas ou transformadas.



BENEFÍCIOS DA MEDITAÇÃO - BBC LONDRES